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Uncool Artist

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Fotos por Paulo Pereira.

22.07.23 - 19.08.23

‘Bolsa de Ficção’ é uma exposição coletiva realizada pela Uncool Artist em São Paulo, que apresenta trabalhos de artistas associades à nossa comunidade. A proposta parte da vontade de se afastar da figura tradicional do herói e da narrativa baseada nos artefatos de conflito e guerra. Inspiradas por Ursula K. Le Guin, as curadoras buscam construir narrativas através de objetos, explorando a capacidade da imaginação e do contar histórias como formas de criar novas perspectivas e refletir sobre o presente. A exposição procura engajar os artistas participantes a desenvolver projetos que ampliem nossas capacidades narrativas, reunindo signos, coletando imaginações e promovendo a proliferação de possibilidades.

Ursula K. Le Guin, autora de ficção científica, buscava, em suas narrativas, fugir da tradicional figura do Herói. Em um conto de sua autoria, A teoria da bolsa da ficção, instaura uma espécie de deslocamento: ao invés da centralidade narrativa ocupada pelas armas e artefatos de violência – ou seja, de uma narrativa pautada pela guerra e pela destruição – a autora propõe que pensemos na figura da bolsa como eixo estruturante do “contar histórias”. Esta última figura representa, para Le Guin, o gesto de coletar vegetais e frutas, antecedente ao cortar e matar. Ela acreditava que a forma apropriada de uma história seria a de uma sacola capaz de guardar elementos, e aponta este tipo de recipiente como o primeiro dispositivo cultural inventado.

Bolsa de Ficção é uma tentativa de tomar o espaço expositivo em uma chave semelhante. Neste sentido, tal como Ursula K. Le Guin, as construções aqui articuladas são convocadas a pensar menos em conflito (como algo que sustenta a trama nas narrativas épicas e heróicas) e harmonia (que pressuporia uma resolução), e pensar mais na relação contínua e processual de todas as coisas que estão em relação. A partir deste deslocamento como ponto de partida, nos distanciamos de certas fantasias e narrativas ligadas à figura do Herói e seus artefatos de guerra, e pensamos na construção de narrativas através de outros objetos, enquanto exercício de ficção especulativa. Cada artista reagiu a esta premissa a seu modo, levando em conta a ideia de que a capacidade de imaginar e de narrar através de práticas artísticas é criar novas formas de existirmos e pensarmos o mundo.

Ao caminhar pela exposição, somos envolvidos por diferentes histórias e peripécias que pululam à medida que nos deparamos com as proposições dispostas. As pesquisas percorrem diversas ancestralidades, arquivos, memórias e cotidianos, sempre singulares, mas que ressoam coletivamente. Essa abordagem faz com que o dado rígido da memória vacile, abrindo vielas capazes de inspirar utopias. Todos os objetos criados desdobram-se a partir do que são, mas passam a ressoar através do que poderiam ser. Ao coletar, misturar e transpor, encontramos uma forma mais estimulante de narrar, que vai além da construção habitual, contemplando a capacidade transformativa e radical da imaginação. Bolsa de Ficção apresenta trabalhos que funcionam aqui como exercícios de tornar possibilidades imaginárias perceptíveis através de uma narrativa não-épica, mas sim uma narrativa desejante, capaz de reunir informações, coletar imaginações e apostar na proliferação de possíveis. 

Galeria / Mídias

Artistas

Bella Cardin

Bella Cardim é uma artista visual brasileira, que vive e trabalha em Miami. A pesquisa e a produção artística de Bella Cardim estão centradas na questão da “emotional hunger” e na consciência da imagem corporal. Com uma extensa carreira de 16 anos em fotografia comercial de comida, Cardim agora usa sua prática para investigar o impacto psicológico dos alimentos em termos de nutrição e indulgência. Sua abordagem conceitual permite chamar a atenção para os distúrbios alimentares de fundo emocional e o consumo excessivo de alimentos . A artista participou recentemente de mostras coletivas em Nova York, Miami e São Paulo.

A comida é uma coisa que sempre a intrigou, desde os sabores, até as cores e os aromas, assim como rituais sociais que envolvem as refeições. Por um tempo a artista misturou sua carreira na fotografia com seu interesse, tornando-se uma fotógrafa especializada nesse meio. Mas essa relação nem sempre foi fácil, envolvendo uma trajetória traumática de décadas, que não foi dolorosa. A arte conceitual surge como um meio para explorar os desafios ligados a esse histórico emocional e de vida. Na prática de Bella Cardim as materialidades são essenciais para criar narrativas visuais capazes de tornar as emoções tangíveis. Desse modo, a artista cria possíveis conexões com os espectadores, fazendo um convite para que eles também reflitam em torno de suas experiências com seus corpos, a comida e suas construções de identidade.

‘Sugar Blues’ é uma série de cianotipias feita com cubos de açúcar e cana de açúcar granulada. Sua inspiração vem de um livro de mesmo nome, do autor William Duffy, e da própria adição de Bella por açúcar. Esse alimento, ou substância, é o ingrediente principal em algumas comidas. O seu consumo desenfreado é um problema cultural em diversos países, sendo apontado como tão viciante quanto a nicotina. Muitos estudos apontam como o açúcar cria estímulos em nossas emoções e sensações. Todas essas discussões e assuntos, assim como os rituais do consumo de açúcar em diferentes culturas, interessam ao trabalho.

Fernanda Froes

Fernanda Froes é uma artista visual nascida no Rio de Janeiro, Brasil, que vive e trabalha em Miami. Recentemente ela participou de exposições em New York, Miami, e São Paulo. Froes é formada em Design Gráfico e Desenho Industrial pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Trabalhou como diretora de arte em agências de publicidade multinacionais e, paralelamente à sua prática artística, atua como designer gráfica há 20 anos, sendo publicada em periódicos nacionais e internacionais.

Sua prática artística gira em torno das conexões entre ecologia e colonização e de como elas estão intimamente interligadas. Seus trabalhos resultam da observação de dois ramos da biologia, zoologia e botânica, profundamente afetados pelas atividades ambientais humanas, que remontam ao início do período colonial. Usando as representações de criaturas animais e vegetais para indagar sobre seu comportamento e transformações, Fernanda constrói narrativas visuais ─ do desenho a uma combinação de mídias, incluindo pintura, gravura, texto e ilustração digital, que se tornam um chamado para nossa interação atenta com plantas e insetos: a tarefa de preservação ambiental como uma urgência antropológica contemporânea indiscutível. Tendo nascido em um país que abriga a Amazônia, sua pesquisa, que surge na intersecção da arte, da ciência e da história, visa a recuperar o patrimônio natural e cultural das Américas.

Na ocasião desta exposição Fernanda Froes apresenta trabalhos da série intitulada “Ibirapitanga”, tentando pensar a ideia de utopia, enquanto um lugar que é inexistente. Em sua leitura do conto que serve como ponto de partida para a curadoria da exposição, “The Carrier Bag Theory of Fiction”, ela entende uma proposição para um entendimento diferente da narrativa, enfatizando a importância de coletar e preservar fragmentos da vida em vez de seguir uma narrativa linear e heróica. Ursula Le Guin sugere que as narrativas tradicionais de “bastão” ou “lança”, que giram em torno de conflitos, conquista e heroísmo individual, dominam nossa compreensão cultural de contar histórias. Entretanto, ela argumenta a importância da “bolsa”, uma sacola metafórica que contém vários itens, ferramentas e recursos necessários para a sobrevivência e o bem-estar. Com relação à utopia, a teoria da sacola pode ser vista como uma crítica às estruturas narrativas dominantes que perpetuam sistemas hierárquicos e opressivos. A utopia, como conceito, representa uma comunidade ideal que busca a harmonia social, a igualdade e a justiça. Nesse ambiente, a floresta permaneceria intocável e bem preservada.

Danielle Cukierman

Danielle Cukierman é uma artista nascida em Juiz de Fora, MG, em 1980, e atualmente residindo e trabalhando no Rio de Janeiro. Ela é conhecida por explorar materiais não convencionais em sua produção artística. Utilizando tanto matérias-primas industriais quanto objetos descartados de pouco valor econômico ou utilitário, a artista cria pinturas, bordados, tapeçarias e instalações que exploram a temática do caminho.

Nos trabalhos mais recentes de Danielle, especialmente em sua exposição individual “Rota de Fuga” realizada em 2019 na Villa Aymoré, Rio de Janeiro, e em participações em exposições coletivas como “Do Write (right) to me” na Chashama, NY, “Intertwined” no Consulado Brasileiro – EUA, “Abre Alas” na A Gentil Carioca e “Novíssimos” no Centro Cultural Ibeu, ambos no Rio de Janeiro, e na Bienal Internacional de Cerveira em Portugal, a artista convida o espectador a refletir sobre o conceito de um percurso seguro ou uma rota de fuga para lidar com os desafios contemporâneos.

“Tapetinhos” são trabalhos feitos com carpete, cobertor, feltro, lã e acrílica sobre madeira, onde a artista segue sua pesquisa sobre a ideia dos caminhos, criando uma relação com o chão. Em trabalhos anteriores a artista já se utilizou de códigos para transportar o espectador para outro “lugar” através de um atalho acessado pela câmera do celular. Com os trabalhos selecionados para exposição Danielle traz signos, através da sobreposição de elementos, para propor associações e conexões tanto em relação ao conceito que acompanha sua prática, como também deixando se integrar a ele o elemento imaginativo presente na ideia de uma bolsa de ficção.

Nilton Dondé

“Relicários” (2023) é um projeto desenvolvido por Nilton Dondé, um artista visual, arte-educador e produtor cultural nascido em Caxias do Sul, RS, em 1997. Sua pesquisa artística aborda questões relacionadas à memória presente na materialidade dos objetos e na passagem do tempo, explorando relações entre ausência e presença, corpos e ruínas, e refletindo sobre existência e identidade. Nilton possui formação acadêmica na área de Artes Visuais, incluindo pós-graduação em Artes Visuais: Produção e Pensamentos Contemporâneos.

Ao ler as obras de Le Guin, o artista encontrou uma conexão entre sua produção artística, que se baseia nos conceitos de materialidade da memória e do tempo, e a narrativa da autora. A partir dessa reflexão, surgiu o projeto “Relicários”. Nilton percebeu que há algum tempo vinha poeticamente associando gavetas a corpos que abrigam memórias, e essa relação constante levou-o a propor a gaveta como herói de sua narrativa. A gaveta representa o cuidado, a proteção, a preservação e o abrigo de relíquias, objetos, histórias e memórias.

O projeto “Relicários” consiste em uma série de colagens que exploram a criação de novas narrativas e histórias a partir do conceito e forma das gavetas. Nilton busca deslocar o olhar no espaço-tempo, procurando rastros arqueológicos em suas buscas por antiguidades, mercados de pulgas e antiquários. Ele busca resgatar objetos que perderam o afeto, a história e a origem, como fotografias, papéis e documentos, e criar um novo abrigo para eles. O termo “relicários” refere-se aos objetos que guardam relíquias e, a partir dessas relíquias encontradas, Nilton cria seu próprio abrigo.

G Imaginations

G Imaginations passou por várias dificuldades antes de se tornar um artista. Enfrentou problemas de saúde, incluindo doença de Crohn, autismo, convulsões e ansiedade, o que o fez sentir-se fora de controle. Socialmente, foi ridicularizado por causa de suas doenças, o que o levou a se sentir diferente dos outros. Sua obra reflete as experiências de traumas mentais que marcaram sua vida até o momento atual, criando um mundo de fantasia complexo de expressões pessoais. Ele aborda estágios desconfortáveis da adolescência, ícones de desenhos animados, a ideologia do pós-punk e noções curiosas de sexualidade, tudo dentro de uma vasta imaginação que explora diferentes mundos em uma mesma composição.

Após graduar-se em Belas Artes (BFA) e fazer mestrado em Belas Artes (MFA), o artista teve a oportunidade de compartilhar suas experiências em diferentes países da Europa, exibindo seu trabalho em locais como Capital Culture House na Espanha, The Holy Art Gallery e Boomer Gallery em Londres. Sua obra busca permitir que outros artistas e audiências olhem além do tangível, provocando-os a sair de sua zona de conforto para engajar em conversas críticas sobre a reavaliação do que define um “outsider” em uma sociedade que oprime os valores únicos das identidades individuais. 

“Skirt” explora sentimentos emocionais de um “outsider”, vivendo com medo do mundo exterior. Ao longo do filme, os espectadores são projetados em um mundo visionário que entra e sai da psicose do personagem. Pensamentos se desviam em uma narrativa psicodélica, mostrando diferentes reinos que retratam uma sexualidade questionável, juventude rebelde e mundos distópicos. Baseado em fantasias pessoais, o projeto se torna um espaço meditativo, entrelaçando temas sombrios e luminosos das memórias do artista.

Gabriel Mattos

Gabriel Mattos é um artista do Rio de Janeiro que se dedica à arte digital. Com habilidades autodidatas e paixão pelo desenho, ele cria colagens digitais combinando suas próprias ilustrações com imagens de filmes, quadrinhos, publicidade e até mesmo criações de Inteligência Artificial. Sua busca por romper com a monotonia das redes sociais o levou a compartilhar seu trabalho no Instagram.

O artista busca explorar a experiência tangível ao criar algo com presença física, mas que parte de um procedimento digital. Suas colagens são dispostas em um backlight, criando um ambiente que lembra um gabinete de criação de seres, evocando a sensação de um inventário naturalista. Essa abordagem traz um toque de mistério e fascínio às suas obras.

No espaço do gabinete de criação de seres imaginários, Gabriel convida o espectador a explorar um mundo repleto de criaturas únicas e fantásticas. Suas figuras combinam elementos da ficção científica retrô com uma estética de catalogação e classificação. A fusão entre a tecnologia digital e referências do passado permite a Gabriel transcender as fronteiras do tempo e do espaço, mergulhando em seu próprio universo de criaturas imaginárias.

Kátia Politzer

Kátia Politzer, artista visual nascida e residente no Rio de Janeiro, explora questões relacionadas à memória, comensalidade e relações pessoais em sua arte. Seu trabalho aborda temas de diversidade, inclusão e respeito humano, buscando a colaboração entre indivíduos ao invés da competição. Sua poética é fortemente subjetiva e sua prática artística abrange diversos formatos, desde desenhos e pinturas até vídeos, esculturas e instalações.

Nesta exposição, a artista apresenta a obra “Catarina romani vem das Canárias”, uma interpretação da bolsa mencionada por Ursula K. Le Guin em “A Teoria da Bolsa da Ficção”. A trouxa é feita de diferentes tecidos e contém fotografias, bordados e objetos relacionados à história de seus antepassados ciganos no Brasil. Essa criação transcende o âmbito pessoal para abordar questões globais de ancestralidade, migração e o papel das mulheres na sociedade. A trouxa representa a contenção e transformação de experiências, carregando memórias, sentimentos e histórias de vida singulares.

Nesse projeto, Kátia Politzer utiliza a trouxa como um objeto simbólico que guarda narrativas e experiências. A obra evoca o poder das agulhas nos tecidos, representando a capacidade de consertar o tecido social. Além dos elementos físicos da trouxa, Kátia pretende complementar a experiência com a gravação de uma narração em voz relacionada à história retratada. Assim, ela convida os espectadores a refletirem sobre a coragem, a criatividade e o amor diante das adversidades da vida, explorando temas de ancestralidade, migração e ressignificação de identidades. Através dessa obra, Kátia Politzer busca promover diálogos sobre questões sociais mais amplas e destacar a importância das histórias individuais na construção de uma sociedade mais inclusiva.

Reitchel Komch

Reitchel Komch, artista visual do Rio de Janeiro, possui uma abordagem neoexpressionista e focaliza em revisitar mitologias ancestrais, como o Iroko africano, para trazer visibilidade a grupos historicamente marginalizados. O Iroko é uma árvore sagrada da mitologia iorubá, considerada um elo entre o céu e a terra. Ela representa a conexão entre o mundo espiritual e o mundo físico, sendo reverenciada como um símbolo de sabedoria, estabilidade e ancestralidade.

Na exposição, a proposta de Reitchel Komch é criar uma instalação do Iroko, utilizando meadas de linhas de bordado para formar um portal. Essa instalação, posicionada como a entrada da sala de exposição ou galeria, convida os espectadores a atravessarem o portal para acessar totalmente o espaço expositivo. Ao atravessar o portal do Iroko, os visitantes são convidados a vivenciar uma experiência mergulhando em um ambiente que evoca a conexão com o mundo espiritual, a ancestralidade e a sabedoria presente na mitologia africana.

A experiência sensorial proporcionada pela instalação visa envolver os espectadores de forma imersiva, estimulando a reflexão sobre questões de identidade, história e pertencimento. Ao interagir com o Iroko, os visitantes são levados à em uma jornada pessoal e coletiva, explorando as camadas de significado presentes em outras cosmogonias, refletindo sobre sua própria relação com a cultura e a espiritualidade.

Débora Rayel Eva

Débora Rayel Eva, artista visual baseada em São Paulo, apresenta em sua obra para esta exposição uma instalação intrigante e envolvente. Sua proposta central é criar um diálogo entre diferentes objetos comuns, explorando suas soluções formais e suas relações narrativas.

A instalação consiste em uma cuidadosa seleção de objetos descartáveis e provisórios, que são montados, editados e apresentados de maneira singular. Esses objetos, que originalmente possuíam uma função distinta, são transformados em figuras de múltiplas ordens. Essa transformação proporciona ao espectador uma experiência visual e sensorial única, convidando-o a refletir sobre a complexidade das relações entre forma, função e significado.

A proposta de Débora vai além do simples confronto de objetos em conflito, buscando um acolhimento através do qual os trabalhos se conectam e conversam entre si. As narrativas que surgem desse encontro são caracterizadas por uma percepção perceptível e possível, que abre espaço para uma experiência mais ampla e profunda.

A obra de Débora Rayel Eva nesta exposição representa um convite para explorar as múltiplas camadas de significado que residem nos objetos comuns do nosso cotidiano. Por meio de sua poética, ela desafia as convenções e nos convida a repensar nossas relações com o mundo material. Sua instalação cria um ambiente propício para reflexões, questionamentos e diálogos, permitindo que cada espectador estabeleça sua própria conexão com os elementos apresentados.

Tricia Lynn Townes

Tricia Townes é uma artista que se reconhece como alguém que trabalha para curar a si mesma e aos outros.  Seu objetivo é universalizar experiências comuns de disfunção e mal-estar para curá-las.  Especificamente, Townes produz retratos psicológicos de amigos e familiares, obras de arte socialmente engajadas e composições de desenhos de culturas marginalizadas que as posicionam como cidadãos americanos de primeira classe.

Townes tem mestrado em arte pela UNC-Greensboro. Ela vive e trabalha em Nashville, Tennessee, e já expôs em Miami, Nova York e Chicago. Townes também participou de residências em Skowhegan, The Fine Arts Work Center e MassMoCA, entre outros.

Em “Statement for Sacred Music:  A Balm to Heal Old Wounds Slideshow”, trabalho selecionada para essa exposição, Tricia cria um vídeo que é como um story board para um projeto maior que será centrado em um concerto de música sacra no Cemitério Dick Pointer, na cidade de Lewisburg, Virgínia Ocidental, EUA. Esse cemitério é para pessoas que foram escravizadas. O concerto será realizado no futuro, mas ainda não há uma data definida para ele. A apresentação de slides tem o objetivo de evocar o clima desse futuro concerto, que incluirá um aspecto ritualístico e cerimonial de cura para iniciar o trabalho de cura do trauma intergeracional da escravidão.

Curadoria

Ana Roman

Ana Roman é mestre em Geografia pela FFLCH-USP e pós-graduada em Estudos Brasileiros pela FESP-SP. Foi curadora, curadora assistente e pesquisadora em diversas mostras realizadas em instituições culturais no Brasil, entre elas Rever_augusto de campos (2016), ‘Entre Construção e Apropriação: Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman nos anos 1960’ (2018), ’Black Stream’, de Alice Shintani (2019), entre outros. Foi curadora assistente da 34ª Bienal de São Paulo, é coordenadora de conteúdo do grupo de pesquisa Academia de Curadoria e contribui regularmente para o Piscina, plataforma virtual com foco em mulheres artistas e profissionais das artes. Atualmente é curadora do Pivô.

Daniela Avellar

Doutoranda em Comunicação e Estética (UFRJ, Rio de Janeiro), Mestra em Estudos Críticos das Artes (UFF, Rio de Janeiro) e Graduada em Psicologia Clínica (PUC-Rio, Rio de Janeiro). Atualmente pesquisa a escuta como ferramenta conceitual em relação a poéticas contemporâneas e ministra cursos adjacentes ao tema, entre eles: “Da partitura à ação” (2020), “Políticas de escuta” (2020-2021), “Diagramas Sonoros” (curso de extensão pela UFPB em parceria com Rui Chaves, 2021, Paraíba), “Remapear a escuta” (2021) e “Arte sonora não-coclear e outras escutas”, esses dois últimos no festival Novas Frequências, curado por Chico Dub. Colabora na Curadoria e Programação da Refresco, espaço independente carioca localizado na Gamboa. Em 2021 publicou os seguintes capítulos de livro: “O Som para fora dele mesmo: (des)considerações sobre uma escuta não coclear e acusmática” (Em “Estudando o som”, Org: Chico Dub, Numa Editora), “An Amplified Echo, a Carbonated Resonance” (Em “Bordes-Listening/Escucha-Liminal”, Org: Alejandra Cardenas, Radical Sounds). Foi curadora da exposição “Primeiro-Encontro/Último-Encontro”, individual do artista Simon Fernandes (2022) e da mostra coletiva Matéria Muta (2022), ocorrida na Bhering. É editora do projeto de publicação Periódico-periódico.

Local

Abertura

22 de julho, sábado, 12h às 17h (aberta ao público)

Horas de Visitação

Visitas sob agendamento (nos envie uma dm)

 

Av. José Clóvis de Castro, 77
Vila da Saúde
São Paulo, SP

por:

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